domingo, 29 de agosto de 2010

LINGUAGENS FIGURADAS

Na símile entra as vidas.

Metáfore suas sensações.

E me diga em códigos o que queres.

Embarque no ônibus da catacrese.

E não se esqueça do sentido figurado.

Com a metonímia do ser.

Sinta o perfume da sinestesia.

Na antítese paradoxal da manhã.

Grande no pensamento.

Grande na ação.

Grande na glória.

Grande anáfora.

E o pleonasmo redundante da idéia.

Hiperbólica todos os trabalhos idealizados do dia.

Invertendo a ordem natural como um hipérbato.

Mas suavizando com eufemismos a minha euforia.

As assonâncias aliteram minhas onomatopéias.

E a paranomásia assemelha os sons de meu texto.

Transformando o fruto da vida, no furto da alma.

Prosopopeiando assim, a Lua e sua divina noite.

Até chegar, gradativamente, ao anticlímax das minhas madrugadas.


B.X.D.