Na símile entra as vidas.
Metáfore suas sensações.
E me diga em códigos o que queres.
Embarque no ônibus da catacrese.
E não se esqueça do sentido figurado.
Com a metonímia do ser.
Sinta o perfume da sinestesia.
Na antítese paradoxal da manhã.
Grande no pensamento.
Grande na ação.
Grande na glória.
Grande anáfora.
E o pleonasmo redundante da idéia.
Hiperbólica todos os trabalhos idealizados do dia.
Invertendo a ordem natural como um hipérbato.
Mas suavizando com eufemismos a minha euforia.
As assonâncias aliteram minhas onomatopéias.
E a paranomásia assemelha os sons de meu texto.
Transformando o fruto da vida, no furto da alma.
Prosopopeiando assim, a Lua e sua divina noite.
Até chegar, gradativamente, ao anticlímax das minhas madrugadas.
B.X.D.